podes pensar, podes falar, mas tudo o que escrevas tem o poder de ficar.
02 de Dezembro de 2009

Olho que cobre os cantos, horizonte onde te deitas, ó cidade que não dorme

És o inicio e o fim, és aquela que ostenta a riqueza, mas enconbriu a pobreza

És digna do teu nome, poderosa e majestosa, qual sentido de invocar a altivez.

 

Tens no teu céu a virtude de cobrir o tecto de uma casa sem muros

Paredes desfeitas pelas cores dos povos que te abraçam

Jorram-te flores de admiração, a teus pés suplicam-te mais um abrigo

 

 

Tens a arte de um tal Bernini, qual mestre de um tal ilusionismo rebelde e delicioso

Mas vive em ti o génio de um Miguel Angelo e outros mais

Perfeitos homens nos sonhos de um pincel ou na ponta do perfil de uma pedra

 

 

Tens as estátua esculpidas no teu corpo, santos que antes viveram em ti

Simples corpos que dedicaram o seu intimo à causa dos outros

Mas homens que impuseram uma lei, uma regra de um tal Deus inventado.

 

 

Tens a fonte dos desejos, local de romarias amorosas, frutos que gritam pela carne das paixões

Tens as moedas do regresso, água que lava a vontade de voltar a penetrar o teu ventre

 

 

Tens a obra. Tens a engenharia. Tens o produto final de um Império.

Tens a graça de uma cidade Estado, civilização erguida no querer das conquistas.

 

 

Mas tens o poeta, o estranho que se senta nos fundos do teu corpo

e escreve nas páginas dos dias, o poema que desvenda o teu segredo,

nome que pinta o teu significado, frase que distingue a tua existência...

esse poeta canta-te na madrugada dos pensamentos, onde tudo é belo

onde tudo é simplesmente ROMAnce com a tua Vida.

 

publicado por opoderdapalavra às 20:56
Linda reportagem!
E as palavras também...
Beijos.
Filoxera a 8 de Dezembro de 2009 às 19:37
Roma...pois Roma... Cidade de todos imaginária até ao dia em que se pisa tal com sua santidade quando dela sai. Não merecer (quanto a mim) que nos curvemos para a beijar, mas deixo aqui o repto...Trás os Montes, terra esquecida e distante, onde o Sol nasce depois da terra trabalhada...onde o Poeta e escritor "TORGA" se refugiava para deixar a sua mente vaguear pelos vales que são singulares em todo o Mundo (arrisco escrever isto), mas visitem, olhem, sintam o silêncio que vós mesmo após algum tempo de intimidade verão que é um silêncio que esperava por vós...sim... esperava mesmo por vós. Essa Terra é toda vossa e não lhe tendes dado atenção..mas, Ela está lá, à vossa espera, sempre com o memo espírito e paciência para quem a quer ouvire falar com ela. Um Abraço para ti C.A.
Alberto Teixeira a 30 de Dezembro de 2009 às 00:24
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