Hoje falo apenas de um caminho. Não um qualquer. O caminho. Uma palavra que consegue transformar uma solidão num oceano de preenchimentos, uma lágrima num sorriso, uma alma perdida num espírito aconchegado. Todas estas ideias podem parecer clichés, mas só quem dá passo a passo, caminhando apenas, é que percebe a intensidade, a força e o poder deste caminho. Hoje, podia vaguear pelos poemas das sensações, e perder-me frase a frase, descrevendo toda uma aventura, mas é difícil passar pelo papel em branco aquilo que nem um corpo consegue absorver. Só o pensamento, o coração, a mais profunda essência, a centelha sabe que a magia de se viver um caminho é o sentido, aquele que nos move, todos os dias. Este caminho é a junção dos sentimentos, dos valores, das espiritualidades, do que se crê e do que não se percebe crer. Ele consegue juntar línguas, construir uma Torre de Babel sem obstáculos, e levar-nos à singularidade de um momento, o da descoberta. Do que somos, de quem somos, e porque somos. Não no seu todo, mas em parte. Porque se fosse num todo, o caminho teria um fim, e este nunca tem um fim, mas sim, sempre um principio... o de caminhar. Será que todos compreenderão a magnitude da simplicidade desta afirmação? Experimentem apenas fazê-lo, caminhando.