podes pensar, podes falar, mas tudo o que escrevas tem o poder de ficar.
10 de Dezembro de 2013

 

 

Durante anos procurei palavras

Acreditem que escrever não parece ser um exercício tão fácil quanto possa transparecer no inicio de cada frase. Consegue fazer doer,

Consegue fazer chorar,

Consegue fazer rir também,

Consegue tornar-nos algo indiferentes,

Consegue mesmo criar uma barreira invisível entre nós e as personagens que nos inundam o mundo, como se não quiséssemos saber o que lhes poderá mesmo acontecer,

Consegue criar sonhos, essas viagens que nos levam para longe, para onde por vezes mais ninguém existe senão a perfeição,

Consegue isolar, fazer germinar uma solidão onde mergulhamos como corpos inertes e desprovidos de segurança,

Consegue trazer frustração, com as opiniões que são isso mesmo, com as expectativas que não passam de ideias que nunca acontecem,

Consegue trazer amizades, abraços que nos alegram e nos dizem sempre uma esperança de continuar a colocar mais uma palavra,

Consegue trazer inimigos, estúpidos pensamentos de raiva por não se conseguir escrever o que outros conseguem transformar na poesia dos olhos,

Consegue criar um universo paralelo, onde o mar é a terra e esta consegue ser submersa pela água do germinar de um novo dia,

É isso mesmo, é esta afirmação final que a escrita consegue trazer de melhor, um novo dia, uma nova palavra, um novo pensamento, uma nova história, e fazer da vida apenas um caminho onde tudo pode fazer alguma coisa, logo que se viva.

Durante anos procurei palavras, e continuo à procura… sei que um dia, num novo dia, as encontrarei, sejam elas quais forem!

 

publicado por opoderdapalavra às 23:58
09 de Dezembro de 2013

 

 

 

Se calhar sei o que é uma parte do amor. Sei-o porque comecei a sentir as sensações que nos levam até ele.

Amar é saber que a outra parte existe, seja a Vida, seja Deus, um pai, mãe, um filho, seja aquela pessoa, um animal. Dizemos amar algo ou alguém, mas temos de sentir a sua simplicidade,

A simplicidade do toque que no silêncio clama uma voz que nos diz, tudo está bem descansa,

A simplicidade de um respirar que nos sopra nos pulmões e os preenchem de um ar fresco, renovado,

A simplicidade de sabermos que do outro lado existe uma palavra, um nome, uma definição por quem chamamos quando sentimos a simplicidade da vontade,

A simplicidade de percebermos que afinal uma mão não serve apenas para contarmos dedos, mas para lhes adicionarmos os nossos e fazer uma soma entrelaçada de sentidos,

A simplicidade de largarmos uma lágrima e ela tornar-se num rio de emoções que inundam todo um abraço, todo um instante de reencontros, de partidas ou chegadas,

A simplicidade de sem movermos os lábios conseguirmos dizer coisas que nunca pensamos ter a coragem de gritar,

A simplicidade de pegar num cartaz e levantá-lo no céu a dizer, parem de lhe fazer mal,

A simplicidade de envolver na pele todo um corpo que nos aconchega,

A simplicidade de estender a mão e dizermos um desculpa e deixarmos que o perdão saia de forma pura dos nossos lábios

A simplicidade de escrevermos pensamentos com o que sentimos, e dizermos esse pensar em ruídos que não causam poluições, mas sim enormes sorrisos

A simplicidade de percebermos que outro é outro, não é a igualdade de nós, mas apenas a soma de 1+1=2, e que a esta matemática se chama respeito,

A simplicidade de sermos altruístas, não oferecendo piedade só para descansarmos o coração, mas oferecermos sim um sorriso, um caminho, uma luz,

A simplicidade de admitir que agradecer que afinal quem amamos, o que amamos, como amamos é apenas uma grande oportunidade de nos amarmos também.

Para ti, há muito que não te dizia…

publicado por opoderdapalavra às 22:12
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