Fez um dia.
Fez uma semana.
Fez meses após meses.
Fez um ano.
Tudo se faz, e tudo passa fazendo-se e mesmo assim fica tanto por fazer.
Fizeste e ficaste com a sensação que querias fazer mais.
Mas mesmo o que não fizeste, não anula o que fizeste, porque fizeste-lo com alma, com o coração a inchar-te o peito, a soltar-te o grito interior por fazer mais e mais, por quem te devolvia apenas com um sorriso, uma simples demanda de agradecimento, obrigado senhora é muito simpática, palavras que já não habitavam o teu redor, mas que preencheram o teu fazer.
E assim se faz, um passado, um presente e assim se pode fazer um futuro.
Temes que esqueças os fotogramas que retiveste, que não te recordes dos pormenores, ou das formas das faces e dos corpos, mas não temas, porque a feição mais hodierna será sempre aquela que tens na tua alma, a mesma que abriste para deixares sair a vontade de fazer.
E passou, mas tudo ficou, dentro de ti, porque afinal, ainda muito há para fazer… e que venha, pois a tua vontade nunca esmorece no final de cada dia, mais um, para que a memória registe que afinal fizeste pela mudança de quem nada tem, mas por tudo sorri.