podes pensar, podes falar, mas tudo o que escrevas tem o poder de ficar.
21 de Abril de 2009

 

 

Bom Dia TERRA! Hoje, como ontem e amanhã é o teu Dia! Tens vários nomes, desde Mãe até Casa, mas és o que és, Divina, Celestial, Altiva! Obrigado pela tua protecção, afinal neste Mundo que supostamente é de todos, o Homem (e confesso-me) parece continuar a querer ser aquele que menos te respeita... Amo-te!

publicado por opoderdapalavra às 23:35
16 de Abril de 2009

Carta aberta a cidadãos comuns.

 

 

Meus caros concidadãos,

 

Um destes dias falava com amigos sobre politica. Fiquei deveras assustado. Porquê?

 

  1. Porque verifiquei que as pessoas hoje não tem deveres cívicos e políticos. Sim, mantemos o discurso de “ quem os colocou lá, agora que se vire”. Como é possível alguém pensar, que em democracia, só quem vota no partido vencedor é que tem responsabilidades? Afinal, os outros, durante a governação desse partido não estão no pais, emigram e só regressam quando há novas eleições. Todos temos direitos, mas todos temos deveres e o primeiro é o de saber exercer da melhor forma o nosso poder de voto, e mesmo que não se vença, deve-se saber participar civicamente na evolução da democracia, no crescimento das ideias. Como dizia o Eduardo Prado Coelho, antes de pensarmos que a culpa é dos outros, pensemos que somos culpados de uma forma ou de outra.
  2. Ideologias. Fiquei assustado, que pelos vistos, agora anda ia muito a mania do Bloco de Esquerda. A politica do contra resulta sempre que existe descontentamento. É fácil basta criticar tudo e todos, colocarem-se ao lado das massas criticas e descontentes, e ora ai está, temos um movimento politico. O Bloco até tem raízes ideológicas, tem, mas pergunto, alguém sabe quais são? Ok, ok, são de esquerda, é fácil. Mas dizer de esquerda ou de direita, neo-liberal, conservadores, etc., não bastam, o importante é saber o que isso significa mesmo. E Sabem? Uma coisa vos digo, partidos como o Bloco, fazem as criticas que fazem porque sabem que não serão governo, porque nesse dia eles mudarão de discurso. Eu vejo o Bloco de esquerda como partido dos pseudo-intelectuais, com matérias e discursos anarquistas, e pensamentos sempre baseados na teoria da destruição.
  3. Existe um partido, que apesar de não concordar com eles, penso ser necessário À democracia, o PC. Precisava mesmo era evoluir, talvez a teoria Darwinismo da evolução das espécies desse uma ajuda. Mas, de resto, até Camões cantou um Velho do Restelo, porque não nós termos o PC?
  4. Os outros partidos? Falar deles é falar de uma panóplia de pessoas e interesses constantes que bailam conforme a musica, mas no fim teremos sempre a mesma rapsódia, a diferença será sempre os músicos que a tocam.
  5.  Bem, aqui vos lanço um repto. Penso que seria interessante saber o que pensam as pessoas ideologicamente nos que votam e como votam. O meu mail é opoderdapalavra@sapo.pt escrevam-me, eu depois vou publicar aqui, respondendo a esta questão: Descreve-me as tuas ideologias politicas.

Terão coragem? Eu penso que sim. As respostas?  Logo veremos.

 

Caros amigos, despeço-me, nesta carta.

Até breve.

publicado por opoderdapalavra às 00:51

 Carta Aberta a 1 Primeiro-Ministro

 

 

Sr Primeiro Ministro,

 

Escreve-lhe um cidadão comum. Gente comum como quem acorda de manhã, depois de um pequeno almoço na corrida do tempo consegue ainda dizer o nome dos filhos, da mulher, segue para um trabalho onde deposita metade da sua vida e onde os rendimentos são deduzidos ao Estado quase na sua metade, regressa a casa pela noite, filhos a dormir, mulher irritada com as imensas contas a pagar, noticias de crise e despedimentos na TV, e ainda por cima o seu clube sempre a perder. Sou mais um dessas almas comuns que quando é chamado a votar fica sempre com a sensação que desta vez é que é, mas rápido se apercebe que afinal é mais do mesmo, porque tudo gira em torno de uma elite rasca, que gasta uns momentos no parlamento na troca de palavras caras, alguns palavrões para aquecer a coisa ( afinal dá na TV e as audiências até podem cair), e uma classe que toma decisões em que os beneficiados são sempre os mesmos e os perdedores são também sempre os mesmos: pessoas comuns como eu!

Na minha reduzida inteligência política, gostava de abordar alguns assuntos que penso merecerem uma elevada reflexão da sua parte, se é que consegue, pois é necessário ser-se mesmo engenheiro dos pensamentos para fazer a dita.

  1. ( sim, quero ir por pontos, porque senão perco-me nas idéias) então, vou recomeçar:

1.     O Sr. Não pode andar por ai sempre a processar quem fala mal de si. Já viu que a critica pode sempre ser o principio da evolução, do conhecimento. O Sr. ao repudia-la, está a negar essa evolução e esse conhecimento. Logo, como pode tomar decisões preciosas se não tem conhecimentos? Já não lhe basta não ter curso?

2.     O Sr. não pode ter ministros, ou ministras, que pensam que este mundo é o lema: Quero, Posso e Mando. Eu concordo com as avaliações dos docentes das escolas, não concordo é que se ponha um pai a avaliar um professor, por exemplo. A avaliação dos professores tem é de passar por parâmetros bem definidos, como as matérias aplicadas e suas rentabilidades em termos de notas dos alunos, e aqui não vale o passar por passar, mas sim o passar por mérito, sendo que esse mesmo mérito tem de ter participação activa do professor pois não queremos mais estatísticas de rendimento escolar, queremos é bons alunos e bem formados. E não pode efectuar a avaliação dos professores, colocando um novo a avaliar um mais antigo, pois pode criar situações bem complicadas. Mas o pior, a sua ministra, mulher que parece ser muito mal amada ( o semblante é tão estranho quanto tristonho).

3.     O Sr. tem de saber que não vale a pena andar sempre por ai a prometer, prometer, porque isso já ninguém acredita. Acredite, aposte na seriedade, na verdade, não custa nada e olhe que até ganha mais uns votos.

4.     Olhe, há pouco falei de estatísticas. Então é assim , o meu vizinho tem apenas o 5 ano. Ele queria ter o 12 ano, e como trabalhava há vários anos numa pedreira, resolveu ir tentar uma Nova Oportunidade. Pediram-lhe para fazer uma exposição sobre as sua pessoa e depois analisaram-na. Passado algum tempo ele tinha o 12 ano. Ele vai fazer parte de uma estatística que o Sr. irá usar como um bom trabalho do seu governo, que contribuiu para uma melhor formação das pessoas. Mas o meu vizinho queria era ter uma melhor formação técnico-profissional e não um canudo a dizer: Parabéns, você tem o 12 ano. E sem estudar. O canudo não lhe trouxe mais dinheiro, mas a formação técnica trazia, pois podia subir dentro da pedreira. Estatísticas dão mesmo muito jeito aos políticos, não é?

5.     Sabe um dos principais pilares do crescimento de um povo? Justiça. Agora pergunto-lhe, cidadão, acha que existe justiça em Portugal que possa transmitir segurança às pessoas? Assaltos, assassínios, julgamentos de figuras publicas eternos e sem fim à vista, suspeitas de magistrados com comportamentos menos abonatórios... e já nem falo das sentenças e das penas, que estas até dá pena.

6.     Olhe, quando existe uma suspeita contra uma pessoa com a sua responsabilidade, o pais precisa de saber se pode confiar ou não no seu Primeiro Ministro, é tão simples quanto isto. Não nos interessa saber se isso é um jogo de suspeitas ou não , precisamos é de saber se o Sr. está inocente ou nem por isso. O Estado tem de ter mecanismos que rapidamente, numa situação destas ou parecida, possa esclarecer tudo e fazer regressar um clima de confiança entre os cidadãos para com as instituições.

7.     Ideologias. Sabe, hoje ninguém as tem. Hoje os políticos tem é interesses.

 

Olhe, e tenho de terminar por aqui, porque a minha mulher já resmunga na cama, porque nem boa noite lhe digo. Mas pense nisso Sr. Primeiro Ministro, porque sabe, o povo é quem mais ordena.

 

Atenciosamente,

Um cidadão comum.

publicado por opoderdapalavra às 00:49
13 de Abril de 2009

Foto: Hugo Tinoco 

 

 

Vida

a respiração por instantes

o pensar que se detém

propriedade estanque de quem não tem

o pensar que se controla

poder perdido de quem apenas é peça de xadrez

o pensar que se conta

matemática vazia de quem é subtraído

os pés na passadeira do tempo

os braços no relógio dos dias

vagueando no absolutismo poço da futilidade

perdidos nesse calendário do medo 

receios inesgotáveis de não carecer dos anos

rio desalinhado pelo passado

estreito de um abismo futuro

esquecimento do presente vivido

grita na loucura do batimento

não deixes que o fluxo do fluido desvaneça

na brutalidade da tua ausência

lugar onde nada existe

nem mesmo aquela que sempre desejaste

mas já não tens

propriedade arrebatada pela verdade

pura circunstância de quem te tem.

Vida.

 

 

 

publicado por opoderdapalavra às 18:55
08 de Abril de 2009

 

 

 

Existem momentos na vida política em que parece que tudo quer correr mal. Os discursos são absurdos, as tomadas de posição desenquadradas, a firmeza tardia ou inexistente, angariação de votos desastrosa, e em que tudo parece ser oposição, quer fora quer dentro do partido. Penso que no caso do PSD este é um desses momentos. Manuela Ferreira Leite não é propriamente, na minha opinião, aquela líder que consegue mover montanhas e conseguir, através quer de um discurso fluido e Verdadeiro quer pela presença física, angariar movimentos de pessoas e de ideias que revolucionam e mudam o rumo de um pais. Ela é mais um símbolo de como se consegue derrotar um partido antes das eleições, devido a um grupo de interesses já degradados, sem ideias, sem ideologias que marquem a diferença, sem projecto. Mas o que me espanta ainda mais, é verificar que alguém dentro do seu grupo de apoiantes a quer ver mesmo derrotada. Hoje descobri este cartaz... e penso, mas que raio um cartaz com a foto da Manuela Ferreira Leite???? E política de Verdade???? Penso que um dos males que este bom povo continua a ter é a memória curta... espero que isto mude e depressa, tudo, até o que temos, mas nunca para alguém que sempre viveu em algo que foi tudo menos Verdade... Seriedade, Verdade, são mesmo palavras que precisamos.

Já agora Sra Manuela Ferreira Leite, tente sorrir mesmo, uma só vez, sem ter de forçar o sorriso. Vai ver que consegue.

 

P.S. – Bons e Verdadeiros políticos Precisam-se! Quem quer fazer o cartaz?

publicado por opoderdapalavra às 23:16
02 de Abril de 2009

Hoje quero escrever sobre um Amigo.

Escrevo-lhe com um sorriso nos lábios, um sentimento no coração.

Despiu o seu corpo.

Deixou o sofrimento que lhe invadia a alma.

Deixou a forma, ganhou o sonho.

É vida na vida.

Estás na luz, o sol que aquece, o vento que refresca.

Estás na manhã.

Estás na tarde.

Estás na noite.

Estás no mar que se enrola na areia fina onde aconchegas os braços

Estás nas nuvens que vêem e regam os campos onde te deitas

Estás nas vozes daqueles a quem ensinaste as frases

Estás nos corações dos que tocaste e deixaste o teu nome

Agora já não és o choro dos dias, mas sim a Vida do sempre.

Lês o que escrevo, mas digo-te meu Amigo, não consigo escrever tudo...

Apenas um Obrigado!

publicado por opoderdapalavra às 23:10

Transcrevo aqui uma carta que foi assinada por várias pessoas e dirigida aos lideres mundias do G-20

"Uma crise económica de grandes dimensões deveria trazer ao de cima o melhor da Europa. Os fracos deviam ser protegidos pelos fortes, que por seu turno deveriam apontar uma estratégia comum. Mas até aqui a Europa não tem estado à altura da situação, quando devia estar a aproveitar a crise para pressionar no sentido da adopção de soluções comuns para problemas globais. Em vez disso, à medida que nos aproximamos da cimeira do G20, as divisões provocadas pelo agravamento da crise financeira ameaçam minar os três grandes projectos dos europeus nos últimos 50 anos.


Desde 1945 que a Europa vive uma paz e uma prosperidade sem precedentes. A principal razão para a criação de um mercado interno europeu que uniu as economias dos vários Estados membros numa comunidade legal onde beneficiam da livre circulação de pessoas, capitais, bens e serviços. Mas se as couraças financeiras nacionais são mobilizadas para relançar as indústrias nacionais e toda a atenção é dada aos estreitos interesses nacionais imediatos, então as regras da competição justa e o mercado interno que sustentam ficarão minadas.

A crise financeira em curso demonstrou de forma convincente as vantagens do segundo grande projecto europeu, a criação de uma moeda única. Sem esta, muitos membros da zona euro poderiam estar a atravessar dificuldades muito maiores. Porém, o projecto do euro revelou-se incompleto; dispõe de um banco central, mas não tem um tesouro central e a supervisão do sistema bancário está a cargo das autoridades nacionais. Uma quebra de solidariedade no interior da zona euro ou mesmo face aos novos Estados membros do mercado único europeu poderá ser um perigo para a zona euro.

O terceiro projecto sob pressão é a consolidação do alargamento histórico para leste da União Europeia (UE). A viabilidade económica de todos os novos Estados membros beneficiou toda a União nos últimos anos. Mas as declarações proteccionistas de alguns líderes da UE e a falta de vontade de alguns Estados membros em dar apoio financeiro às economias mais vulneráveis da Europa levaram a que em alguns dos Estados membros mais antigos se fale em "desfazer o alargamento". Uma nova maré de populismo e de nacionalismo ameaça debilitar os princípios nucleares europeus da solidariedade, da tolerância e do compromisso com uma sociedade aberta. 

À medida que nos aproximamos da cimeira do G20, a 2 de Abril, a Europa está numa posição crítica. Os Estados membros da UE estão demasiado integrados para poderem desenvolver respostas puramente nacionais, mas demasiado divididos para decidirem seguir em frente por um caminho comum. 

É vital que os líderes europeus mostrem visão e capacidade de liderança para construírem uma posição coordenada. Este é um tempo para surgirem respostas institucionais criativas a nível europeu relativamente à regulação, ao orçamento da UE e a encorajar estímulos pontuais e definidos, por exemplo através de um "New Deal Verde". Os líderes europeus deveriam também considerar o lançamento de task-forces lideradas pela Comissão Europeia para garantir e reforçar o mercado único. Deveriam considerar formas criativas de sustentar o euro com o eurobonds ou uma versão europeia do Fundo Monetário Internacional. Os líderes da Europa Ocidental têm de mostrar solidariedade com os seus parceiros do Leste - incluindo medidas especiais para os que se estão a bater para integrar a zona euro - em vez da atitude de "cada um por si" que têm transmitido agora. E os países que estão em boa situação devem procurar formas de apoiar os países menos desenvolvidos contra uma calamidade financeira que não provocaram. Apoiamos a ideia da emissão de Special Drawing Rights (SDR) pelo Fundo Monetário Internacional, através dos quais os países ricos emprestem aos mais pobres.

O G20 tem sido visto como o prenúncio de uma nova ordem política global. Os líderes europeus têm de mostrar que a Europa pode contribuir de forma significativa para resolver os novos problemas internacionais, em vez de exibirem as suas divisões internas ao resto do mundo. A UE nasceu como um projecto económico concebido para alcançar objectivos políticos. Mas, à medida que a crise económica continua, apenas uma acção política ousada ao nível europeu poderá salvar a economia europeia e o projecto europeu no seu todo.

Martti Ahtisaari, Giuliano Amato, Emma Bonino, Manuel Castells, Massimo D'Alema, Jean-Luc Dehaene, Timothy Garton Ash, Teresa Patrício Gouveia, Pierre Hassner, Wolfgang Ischinger, Mark Leonard, Ana Palacio, Chris Patten, George Robertson, Narcís Serra, George Soros, António Vitorino e outros (53 personalidades assinaram esta carta aberta)

publicado por opoderdapalavra às 00:27
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