podes pensar, podes falar, mas tudo o que escrevas tem o poder de ficar.
19 de Junho de 2008

 Portugal acabou de ser eliminado pela Alemanha no Europeu. O que custa-me nisto tudo, antes de mais é ser eliminado pelos alemães. Confesso que não simpatizo com duas sociedades, que considero as sociedades da prepotência, em termos europeus, a Alemanha e a França. Mas enfim, no futebol alguém tem de ganhar. Mas o que queria falar era do grupo de treinadores “Quase que Ganham”. Bem, senhores que gostam de idolatrar os perdedores, hoje tem mais uma página para escreverem. Quando o José Mourinho, de quem sou um especial admirador, começou a ganhar, esses tais ditos senhores, diziam que ele tinha era sorte de principiante. No entanto foi bi-campeão pelo Porto, venceu a Taça UEFA e  foi nada mais do que Campeão Europeu pelo Porto. Mas, esses senhores, ainda tiveram a coragem de dizer : Ele agora no Chelsea é que vai mostrar o que vale. Bem, foi campeão de Inglaterra por 2 vezes e mais umas taças. Mas, sim MAS, esses senhores, voltaram a referir que ainda tem que mostrar mais... pois esses mesmos senhores são admiradores de quem? Do Mister Scolari!!! Esse mesmo, o que vive de um eterno titulo Mundial, que venceu a Alemanha na final com uma sorte do “catano”, ok mas venceu. Mas por Portugal, quase ganhou um Europeu, que jogávamos em casa, à Grécia ( que neste europeu nem pontuou), quase foi à final do Mundial na Alemanha, e agora quase que podia ter ido mais longe neste Europeu...pois, é isso mesmo, ele é juntamente com o Avram Grant ( ex-treinador do Chelsea) o treinador do quase. Pois, meus senhores admiradores dos perdedores, o quase nunca ganhou nada. Mas se calhar o Mourinho ainda tem de mostrar mais alguma coisa. Isto faz-me também fazer outra reflexão. O guarda-redes Vitor Baia é o jogador português com mais TITULOS. Mas, mesmo já afastado dos relvados, ainda tem de mostrar mais alguma coisa. Enquanto o Ricardo, o tal que defende pênaltis sem luvas, mas que quase foi campeão europeu, pois perdemos por um falhanço dele. Quase ganhou a Taça UEFA, pelo Sporting e também em casa, mas falhou em dois golos do Spartak de Moscovo, quase ia à final do Mundial, não fosse também alguma ineficácia deste, e quase podia ter ido hoje mais longe, não fosse a...como devo dizer, a verdadeira azelhice dele a sair entre os postes. Bem, também um guarda-redes que diz que na próxima época vai ser de sucesso no seu actual clube, onde o seu treinador já assumiu que não conta com ele, bem deve ser uma pessoa alienada, completamente. Meus amigos, alem de treinadores quase, também temos guarda-redes quase. Mas, vejam lá, se calhar o Vitor Baia ainda tem de voltar aos relvados para provar alguma coisa. O que penso é que estamos, definitivamente, num pais de derrotados...o Camões tinha razão, o velho do restelo é bem maior do que pensamos, e o Adamastor também.

Quanto a este Europeu, pois ele não começou nada bem. Primeiro, a selecção vai para Viseu, onde parece que iam receber Deus. Até limparam prédios antigos para ficar bem na imagem. Depois, os jogadores, com uma crise econômica no pais, chegam em altos carros, ostentando riqueza exterior superior ao nível que se vive em Portugal. O Petit de Austin Martin? Bem... mas a coisa não ficou por aqui. A selecção chega à Suíça e treina num estádio em que o relvado teve de ser substituído. Mas quem pagou essa substituição? Não foram os jogadores, que coitados, até ganham malzito ( O Nuno Gomes com um Porcshe ), não, foram sim os emigrantes, ao pagarem bilhete para poderem vê-los a treinar. Coitados,eles que vibraram imenso pela selecção, eles que reuniram-se para o maior apoio, eles que faltaram aos empregos para verem a selecção, mas eles que ainda tiveram que pagar para os ver treinar. O senhor Scolari, tinha de, no meio de uma competição como esta, de deixar anunciar a sua contratação para o Chelsea ( aliás o Abramovich não deve quere ganhar nada, pois despede o vencedor e só contrata os treinadores quase). Claro que o seu futuro nada tem a ver com a selecção, mas com o jornalismo que temos, com a sede de destruição que tem, então vai dar de bandeja um filete destes a eles. Ele até podia já ter assinado com quem quisesse, mas só no fim de Portugal terminar a sua carreira na competição é que devia anunciar. Afinal, pelo que se viu, nem tinha de esperar assim tanto. Bem, mas ainda lhe vão erguer uma estátua, vão ver.

Lembro-me de uma vez ter lido que José Mourinho, no inicio de treinador do Porto, dizia aos jogadores qualquer coisa como: “ Nós somos apenas uma passagem entre muitas neste clube, mas o sócios, aqueles que sofrem com o clube, os que pagam as quotas para os nossos ordenados, os que vivem as vitórias e choram as derrotas, esses ficam cá sempre. Por isso temos de os respeitar ao máximo.” O senhor Scolari vai-se embora, assim como outros que virão, mas nós ficaremos cá sempre, para sofrermos pela selecção. Quero ainda referir que admiro muito os Jogadores Deco e Pepe, pois foram os melhores da selecção e nem são 100% portugueses...pois dá para pensar, não é?

Não sou o escritor da desgraça, mas não me peçam para pertencer ao grupo dos que se resignam com os QUASE. Eu tenho sempre de ir mais longe, só assim se pode ser verdadeiramente Português.

Mas, deixo o final para um exemplo do que vai mal neste pais: Portugal é Lisboa e o resto é paisagem. Sim, porque Scolari, Ricardo, Petit, Nuno Gomes, os falhanços consecutivos do Benfica, as guerras de Luis Filipe Vieira, os betinhos do sporting, os políticos da vergonha, as página cor de rosa,tudo está em Lisboa...e o que não está, serve para o deita abaixo: O FCPorto, o Vitor Baia, o interior, o campo, os saloios que tem uma vida de qualidade...enfim.

Para o ano há mais... fecha-se mais uma página, o senhor Scolari vai com a carteira bem recheada, e nós regressamos à realidade de crise financeira. Assim vai o mundo. Assim vai esta Parodia Nacional...Até Lá.

publicado por opoderdapalavra às 22:49

 Folheava a revista Visão da semana passada, lendo um artigo sobre os dias difíceis que as famílias portuguesas vivem, quando reparei em algo extraordinário. Numa página, o texto sobre a existência de pobreza extrema em Portugal dividia o espaço da folha com uma publicidade a férias em Cuba. Este é o exemplo do pais que está cada vez mais separado por ricos num lado e pobres no outro. É assustador neste momento verificar que a classe media, parte do equilíbrio fundamental de uma sociedade moderna, está a desaparecer. Onde está o equivalente à nobreza aristocrática? Onde estão as famílias que tinham um nível de vida equilibrado, tranqüila e que contrabalançava os opostos? São alguns os que enriqueceram, mas a maioria está cada vez mais no sector doa pobreza. Pois é. E eu pergunto, o que está-se a fazer para impedir isto? NADA!!!!

As pessoas estão a voltar a um período muito em voga no estado novo, a emigração. Pois, eu sei que estamos agora numa democracia, e que muitos foram os que lutaram pela liberdade deste pais. Mas é engraçado verificar que, esses mesmos que batalharam contra os tempos salazaristas, são os mesmos ( ou os seus discípulos) que colocaram o pais neste estado. Tal como Salazar, ao fechar-nos de tudo e de todos, com medo de abertura ao exterior, levou este pais a uma verdadeira ruína social e intelectual. Depois foi só encontrar uma grande quantidade de pessoas a procurarem, tal como hoje, outros paises com melhores condições de vida.

 Estamos num Portugal em que o Estado continua a ter uma despesa publica verdadeiramente assustadora. E claro que dai vem o tão famoso Défice orçamental. O Estado tem de ser uma via fiscalizadora da sociedade e não controladora. O Estado tem que ser o responsável pela educação, saúde, segurança e segurança social dos cidadãos, mas não o proprietário de empresas que visam o lucro. ( Transportes, Banca, Seguros, etc...)  Mas pode sempre surgir a questão, de onde vem então o dinheiro para garantir as responsabilidades do Estado? Dos impostos. Mas esse dinheiro tem de ser apresentado todos os anos, contabilisticamente, aos seus cidadãos. Como? Através da rede de deputados que são eleitos pelos círculos eleitorais. Alguém não pode ser eleito por uma santa terrinha e depois de ir para a Assembléia da Republica, esquecer-se daqueles que o elegeram. Se assim acontecer, esse deputado deve assumir a responsabilidade da exonerarão do cargo. Isto tudo para dizer que o problema deste pais são os, próprios e únicos, políticos. Eles é que pedem esforços a todos nós, mas não se coíbem de viajar, usar grandes viaturas, os melhores fatos, e ainda por cima, irem poucas vezes à Assembléia e quando vão não dizem nada. Acreditem que naquele hemiciclo existem cada emplastro.... e depois vem dizer que são a defesa dos cidadãos. Um dia destes fartei-me de rir com um encontro de esquerda. Manuel Alegre a dizer que estava ali pelos socialistas que votaram PS, mas agora estão desempregados, etc. Francisco Louçâ a defender uma esquerda pluralista e contraria dos interesses da direita, do liberalismo capitalista. Bem, um, ainda um bocado azedo da falta de suposta lealdade do seu partido na campanha para a Presidência e outro a quere casamento de interesses, sim, porque amor de certeza não é o que Louçã sente por Alegre. Até porque os poemas deste não serão a leitura de cabeceira do bloquista...talvez mais escritos estalinistas...quem sabe? Do lado da direita a coisa não está melhor. Um partido todo fracionado pelos interesses emergentes de políticos que não sabem fazer mais nada...hum, engano-me, existem sempre aquele que sabe pelo menos aparecer janota nas fotos de uma qualquer revista cor de rosa...claro que falo de Santana Lopes, The One. Temos ainda a, agora presidente , a Dra. Manuela Ferreira Leite, mulher dos tempos cavaquistas. Sim, é verdade, o PSD continua a ser o partido dos fantasmas. É o fantasma de Sá Carneiro, é o de Cavaco Silva, é o do extremista e salazarista, mas sempre cômico, Alberto João, e é agora o fantasma de Sócrates, que rouba descaradamente o espaço político ao PSD. Ah, e claro, que há sempre o fantasma do PPD. Depois temos um CDS/PP, que prefiro não falar, porque iria apenas aborrece-los a vocês, leitores. Falta-me o PCP e o Ps, não é? Bem, o primeiro continua a ganhar como sempre, aliás é o recordista das vitórias...morais, ilusórias, sabe-se lá qual tipo de vitórias serão? O PS é o partido do Sim, Sr. Ministro. Tudo o que Sócrates, não o filosofo, diz o partido diz logo: Sim, mas é obvio, sr. Sócrates. E perguntam porquê? Vejam só os adversários internos que Sócrates, o prepotente, já desviou para o saco dos derrotados: Ferro Rodrigues ( Jogada fantástica com Jorge Sampaio conduzir Santana no lugar de Durão Barroso); Manuel Maria Carrilho ( o apoio para uma câmara que já todos sabiam que iria perder, mas confesso que este também não faz falta nenhuma); O João Soares ( de canditado a Lisboa foi para candidato a Sintra, onde já se sabia que não ganhava); e claro a maior jogada, Mario Soares ( não apóia Alegre e apóia Soares, divide o partido, os votos e ainda pisca o olho a Cavaco). Logo, nenhum dos que actualmente estão activamente no PS devem desejar ir para o esquecimento, não que o ordenado e os benefícios de deputado ou ministro são de conservar, por isso caladinhos e sempre a dizer, como na série inglesa: Sim, Sr. Ministro Sócrates.

Falo agora de outra parodia. O futebol. Estamos com o Euro, espero que a seleção ganhe. mas o que quero falar é do caso Apito Final. Foi necessário que a UEFA deliberasse a favor do FCPorto para que saísse detrás da sobra o Sr. Luis Filipe Vieira, conhecido orelhista deste pais, a reivindicar a verdade desportiva. Não vou aqui esgrimir argumentos, apenas vos digo, que os estádios em Portugal estão cada vez mais condenados, porque por este andar, o futebol vai passar dos relvados para os escritórios de advogados, e claro, para os livros de ex-mulheres.

Olhem, sabem o que vos digo? Isto é uma verdadeira parodia nacional. Esperemos pelos próximos capítulos... que será um tal acordo ortográfico. Até lá.

publicado por opoderdapalavra às 00:00
17 de Junho de 2008

 NOTICIA DE ULTIMA HORA

 

Acabam de entrar em greve Nacional os incendiários de Portugal. Estes trabalhadores temporários, que passam os verões a destruir a floresta Nacional, paralisaram hoje, contra, o que dizem ser “ uma vergonha” política, os aumentos sucessivos dos combustíveis. Exigem do governo medidas imediatas. Transcrevemos agora o seu manifesto:

 

- O SPIFMeAQ ( Sindicato Português Incendiários de Florestas Matas e Algumas Quintas ) vem protestar contra o aumento excessivo dos combustíveis. Assim é difícil podermos trabalhar, pois já não temos dinheiro para comprar um barril de gasolina com vista a destruir mais do que 100 000 hectares de mata. É que todo o terreno abaixo desta medida dá prejuízo e os industriais das madeiras não estão interessados.

- Assim, achamos que o governo deve tomar medidas imediatas para travar esta greve que irá paralisar todos os fogos que lavram neste momento. Não nos responsabilizamos pela ausência dos mesmos. Não queremos que nos peçam indeminizações algumas por não trabalharmos. Mas estão em risco cerca de 500 postos de trabalho. Os incendiários não recebem o suficiente para comprar a gasolina para atear os fogos. Assim, exigimos:

            1. Acesso à gasolina Industrial

            2. Possibilidade de descontarmos para a segurança social, e recebermos a reforma por completo, e mais umas distinções de mérito Nacional.

            3. Queremos ter subsidio de alimentação, pois isto de deitar fogos abre o apetite.

            4. Exigimos sempre a presença do INEM no momento de atear o fogo, pois só no ano passado, 35 incendiários queimaram-se no momento de deitar o fogo.

            5. Queremos ainda um subsidio de risco, para as nossas famílias poderem ter um sustento sempre que vamos presos. E um subsidio de incapacidade, para que sempre que estejamos enjaulados, possamos sair de imediato por uma doidice qualquer.

 

 

Mas, no seguimento desta paralisação, o Primeiro Ministro não quer comentar o facto de o pais estar a sofrer já as consequências da greve dos incendiários. São os senhores das mangueiras que estão a pedir subsídios para os prejuízos com a fraca venda das mesmas. São os homens dos extintores que não conseguem vender nem os que estão já fora de prazo. São os Bombeiros que não podem sair para o combate aos fogos, e logo vários postos de trabalho estão em risco. E o Sindicato dos Bombeiros já prevê que, se esta situação se mantiver, serão diversas as famílias de bombeiros que não terão nada para comer, visto que o subsidio das ambulâncias também já não cobra as despesas.

E há os industrias da madeira, que tem as máquinas prontas a irem cortar as árvores queimadas, e não podem sair dos parques , porque não há fogos. Assim como meia dúzia de empreiteiros, desejosos de queimar alguns hectares de mata para empreendimentos de luxo, não podem avançar com as obras de saneamento. E chegou ainda a noticia de que alguns Betinhos do Jet-Set estão com birra, pois queriam deitar fogo ao pinhal de Leiria para construírem 4 campos de golfe e não podem.

Até o ministro da Administração Interna já pede a intervenção do Presidente da Republica, pois tem vários aviões alugados a paises de leste que não podem levantar vôo das bases aéreas pela inexistência de fogos.

Resumindo, o pais parou. Os incendiários, dizem, estão já a conseguir o seu primeiro objectivo, o de fazerem parar a economia interna. Enfim, é caso para refletirmos, o que será do nosso PIB se esta paralisação continuar? E o défice irá aumentar? Pois mais subsídios vão aparecer.

Antes ainda de terminarmos esta noticia, soube-se que a UE está a pensar já multar o Estado Português, pelo facto de as previsões actuais da OCDE para Portugal irem ser, este ano, abaixo do crescimento europeu. Pois prevê-se, com esta greve, apenas 20 000 incêndios, contra os 150 000 do ano passado. A media Européia para este ano prevê-se que seja de 110 000 incêndios. No resto do Mundo a previsão é de Trinta milhões de fogos. Só na China e com os Jogos Olímpicos, tochas e outras mais, será de 10 milhões.

Na opinião do Prof. Dr. Mestrado Licenciado Fumaça Ardente, se o governo não intervir o mais rápido possível, iremos entrar num colapso da economia nacional que poderá ser irreversível, isto para não falar das metas de destruição ambiental, segundo o acordo de Lisboa, que assim não iremos atingir.

E assim vai este Pais à beira-mar Plantado. 

publicado por opoderdapalavra às 23:59
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