podes pensar, podes falar, mas tudo o que escrevas tem o poder de ficar.
21 de Abril de 2008

Dr Luís Filipe Menezes demitiu-se do cargo de presidente do PSD. Para muitos isto significa uma vitória, outros choram a demagogia barata, outros ainda, indiferentes, sorriem por simpatia e por desprezo total da política em Portugal. Na minha opinião, ainda bem que este caminho tortuoso e dessincronizado de um rumo pouco lesto e indefinido acabou. Penso que o Dr Menezes é mais um daqueles políticos que acham que a política em si não é uma arena de ideologias, conceitos, tácticas, filosofias que tem por ordem máxima o bem de si mesmo, logo o bem dos outros. Ele pertence mais a um grupo que reúne as ideias a um barato pretensiosismo de poder rápido, influenciado pelos interesses e não pelo bem directo das populações, da qual também fazem parte. Usou a critica absurda como arma. Criticou uma televisão publica pelo excesso de publicidade, que afinal paga a própria televisão - que está endividada - criticou de novo a televisão por uma suposta reportagem da jornalista Fernanda Câncio, por ser namorada do primeiro ministro( esta critica partiu de um Vice-presidente falhado, dominado pelos pensamentos absurdos, apologista do vazio... um Santanista convicto...); mas a quebra de pactos importantes de estabilidade nacional é que é de uma falta de bom-senso político , que roça a idiotice ideológica. Há muito que defendo que os pactos nacionais entre os principais partidos são cruciais para um desenvolvimento sustentável. Não podemos pensar numa justiça estruturada, senão tivermos uma linha de ideias bem definidas, com um caminho bem traçado para se poder mudar definitivamente, e bem que precisamos, a política de justiça neste pais. Mas digo também noutro sector, que continua tão esquecido e é tão fundamental, a cultura. Temos de ter uma política de cultura baseada numa estrutura nacional - e não confundam com nacionalismos idiotas e sem sentido - falo sim, de uma cultura apostada no que é feito entre nós, na escrita, nos autores, nas ideias ( como elas são tão necessárias), na defesa do que realmente o que é Nacional é bom (sem confusões com frases publicitárias de cereais). Espero que o futuro presidente do PSD seja alguém que primeiro rompa com todo o passado do partido em termos de filosofias, pessoas, rumos. Precisamos de um novo PSD, de um partido que apresente um programa forte, consciente de que é preciso revolucionar Portugal, mudar as mentalidades, não ter medo de rasgar com os fantasmas oriundos do passado, mudar as ideias de uma população que está adormecida num vazio delas mesmas, precisamos de uma partido que possa fazer frente construtivamente ao PS e aos outros partidos e fazer vê-los que se pode fazer verdadeira política, justa, realmente ideológica. A coragem de mudar é o principio da vitória, é a força de união, é a certeza de um futuro melhor. Acreditar nisto é acreditar que Portugal pode ser melhor, mas para todos, não apenas para alguns. Pois vejo o primeiro grande desafio de uma verdadeira revolução de mentalidades, a mudança das pessoas na política. O Dr Menezes representa, com vários políticos de outros partidos, a velha massificação de interesses que tem destruído este pais. As pessoas estão desacreditadas, sem interesse no que as rodeia, egoístas nos seus princípios básicos, violentas nos seus ideais próprios. Temos de mudar, mas mudar para fazer deste país o país de Todos. Espero, para ver o que vai acontecer, mas espero mesmo que haja coragem de se mudar, ou então, vamos deixar tudo na mesma, e o poço vai ficando cada vez mais fundo, e sem esperança.
Falo agora do meu Porto, o clube, claro. Estou contente, pois somos campeões, justíssimos. Continuo a ver que é difícil aceitar-se um clube, fora de Lisboa, que possa vencer, dizer que ganhou com a organização, a força do querer, o trabalho. Não gosto de ver os viciados das chamadas "instituições" a quererem discutir um desporto com bola nos tribunais, nos jornais, na policia... meus caros, nos séculos passados as disputas eram feitas no campo de batalha, onde todos podiam apresentar a sua força e garra, sem terem que ocultar as suas derrotas nos erros humanos de um qualquer arbitro.  
Finalizo o meu texto de hoje com uma referência a uma colecção que o Jornal "Publico" está a fazer às segundas, chamada "Grandes Pensadores". Fenomenal, aconselho, até porque é bom que todos possam rever os pensamentos de grandes filósofos, humanistas, políticos, para que possamos reflectir sobre o que pode mudar no nosso hoje, para podermos construir um verdadeiro amanhã, mas para todos, não só para alguns... pois nunca se viu a formiga ir buscar comida apenas para si e ignorar o resto da comunidade, pois não?

Até breve.
publicado por opoderdapalavra às 19:49
10 de Abril de 2008

Esta vai ser uma rubrica habitual neste blog. A Palavra do Poder insere-se num grito de critica, de coragem, de vida. Vão ser textos de reflexão, de pensamentos filosóficos, enfim algo que servirá para dar que pensar. A próxima segunda vai arrancar a Palavra do Poder. Até breve.
publicado por opoderdapalavra às 23:20
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Grata, sorrisos :o)
Quente.Arrebatador.
Leitura muito agradável :)Convido a leitura do meu...
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