podes pensar, podes falar, mas tudo o que escrevas tem o poder de ficar.
15 de Janeiro de 2012

 

 

 

 

 

meu mar de tormentas em soldo

quero banhar-me em ti como um corvo

asas esguias pelo tardar do anoitecer

assim que chegar o som do meu arrepiar

não fujas de mim como um tordo

quero-te, enfim, em meu corpo de jasmim

que cheiras em todo o teu fim

quando vens com o teu sabor a sal

pisas meus pés de cal,

esses que se desfazem como letras perdidas

naquela folha branca que se rasga com o teu bradar

gritas por mim pelos confins

onde não te ouço

apenas o silencio adormece os meus simples olhos

que deixaram-te ver o que não era segredo

vem até mim, mar atormentado

sem que ondas te possam aliviar

essa dor em que navegas

pois agora seremos amarrados

corpo a corpo, sem que possamos mais fugir

do que foi o destino a corrigir

para assim ficar o mar ameno

sem que mareta venha entardecer o som do adeus.

 

 

 

publicado por opoderdapalavra às 17:54
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