Sempre sonhei a chegada da noite
Sentir aquele sopro
O rosto que desnuda o horizonte
Os braços que acolhem os nossos pensamentos
O vento que nos conforta
Os sons que se apagam
O céu que adormece
Sentidos entorpecidos
Visões paralisadas
Escuridão que apaga a lâmpada do dia
Manto que cobre o tecto de nós
Estrelas que vem e conta-nos um caminho
Sempre quis ver noite
Senti-la no arrepio da pele
Sentir a saudade de um simples momento
Ela chega sempre com a pressa das horas
E sempre parte na apressada brisa do nosso tempo
Não consigo vê-la
Não sei a cor dos seus olhos
Quero ter o andamento de me apaixonar por ela
Quero ter o rumo de amá-la
Será apenas sonho
Aspiração simples do meu presente?